Páginas

Prazer Inextinguível

+18 
Autora: Salo.


Prazer Inextinguível

Ele estava parado, observando-me de certa distancia. Eu o olhava da mesma força, mas sem saber se deveria somente observar ou partir para o ataque. Nas condições em que meu corpo se encontrava naquele anoitecer, se ele me ataca-se, eu seria morta sem capacidade de defesa. Porém, para minha sorte, ele também não parecia estar em suas melhores condições. Ambos havíamos sido pegos desprevenidos pela chuva de prata.

Minha armadura dourada estava corroída, e pesando mais que o normal. Meus cabelos negros, que antes estavam amarrados á um coque, estavam soltos e desarrumados. Meus olhos marrons ainda ardiam por causa da ação da água da chuva. E não eram somente estes sentidos que foram atordoados, não conseguia ouvir direito com ambos ouvidos, minha boca estava com gosto, horrendo, de metal e minhas mãos tremiam sem parar. A única coisa que ainda estava inteira era minha espada, guardada em sua bainha de couro. Sorri de lado, minha situação era deplorável.

Virando um pouco os olhos, percebi que a situação dele não era tão diferente. A armadura negra que ele trajava estava em estado pior que a minha. Seus cabelos loiros estavam quase marrons, por causa da água imunda. Enquanto me observava, seus olhos verdes piscavam mais vezes que o normal, o que significava que ardiam como os meus. Percebi também que seu corpo estava tremulo, e ele parecia não conseguir controlá-lo. E como acontecerá comigo, sua arma – uma maça negra que deveria pesar entre uma ou duas toneladas – era a única coisa em perfeito estado.

 De repente, o homem do outro lado da velha indústria fez um movimento qualquer, mas que fez os pelos em minha nuca se atiçarem e eu colocar uma das mãos em minha espada, pronta para erguê-la se fosse necessário. Ele viu meu incomodo e por um momento nossos olhares se grudaram, como imãs.
 - Fique calma. – Disse o homem, abaixando o olhar – Sabe muito bem, que ambos estamos fracos demais para uma luta. Então, não fique nesta paranóica, guerreira.

 - Até hoje, sua raça tem se mostrado traiçoeira em momentos de fraqueza alheia. – Falei com voz autoritária, juntando minhas forças para não gaguejar.

 - E a sua raça continua á nos atacar enquanto estamos desprevenidos por causa de um passado morto. – A raiva dele era mais que evidente. Mas eu não tinha o direito de julgá-lo por isso, desde que nascemos somos ensinados á sermos inimigos mortais.

 Suspirei cansada, eu não tinha forças para sequer uma luta verbal, que vergonha. Para não haver mais desentendimentos, desamarrei meu cinto que segurava a bainha de minha arma e joguei-o no chão, junto à espada. E assim avisando de uma vez, que não queria brigar. O observei, e nossos olhares novamente se chocaram. Ele não demorou em jogar a sua arma no chão também, fazendo um barulho esmagador e causando uma cratera ao tocar no solo. Realmente seria um problema para mim, enfrentar uma arma tão pesada. Aquela foi à primeira vez, em que me senti seduzida por meu rival.

 Vi o sol desaparecer por completo, e a lua cheia surgir no horizonte. Droga! Aquela era a pior noite para ficar ao lado de um homem e ainda sem forças para defender-se. Para ambas as raças a primeira noite de lua cheia do ano, atiçava os hormônios dos machos e das fêmeas ao máximo. Por causa de treinamento, as mulheres tinham capacidade maior de segurar-se, mas os homens tinham severos problemas em se manterem calmos. Virei os olhos, e vi que meu colega de abrigo estava incomodado e eu sabia exatamente o que o importunava. Comecei a ficar preocupada, pois sabia que se ele viesse para cima, meu corpo me incentivaria a aceita-lo.

 Implorei aos céus para que a chuva de prata acabasse. Mas ela não parou, e nem ao menos diminuiu. Malditos caçadores! Há anos, eles usam elementos químicos – que são prejudicais somente para nós, pois os humanos nem percebem a mudança – para modificar a chuva em algumas áreas para nos pegar desprevenidos e nos matar. Eles não têm como ganhar de nós em ataques frontais, por isso usufruem de golpes tão baixos.

 Um trovão iluminou o céu, e percebi a movimentação estranha de meu inimigo. O homem estava tentando com todas suas forças se segurar, mas seu lado animal era muito mais forte. Quando percebi que ele não conseguiria controlar-se, tentei pegar minha espada, mas a rapidez e a força do rival me derrubaram no chão antes que eu pudesse alcançar a arma.

 Só a aproximação dele me fez delirar de excitação. Mas ele era um inimigo, e eu não deixaria que me tocasse tão facilmente. O empurrei com força e ele mostrou ter sentido o impacto, mas voltou para cima de mim colocando mais brutalidade no ato. Para me impedir de atrapalhar novamente, ele lançou sua mão contra meu rosto e aquilo foi o bastante para fazer-me ficar desordenada.

 O homem não se incomodou em tirar as amarras de minha armadura já enfraquecida com a chuva. Simplesmente, pressionou os punhos e a quebrou em vários pedaços. Meu desespero aumentou, pois agora só uma malha de pano fina separava as mãos dele do meu corpo. E seu principal interesse eram as minhas partes inferiores. Ele não demorou em arrancar as roupas que as cobriam, me deixando exposta. A força que utilizava para mantê-lo afastado extinguiu-se quando o inimigo começou a tirar suas próprias roupas. A maldita lua cheia estava mexendo comigo como jamais havia mexido. Porém, talvez não fosse só ela que estivesse enlouquecendo-me. Estava acompanhada de um macho excitante e ainda um inimigo, como dizia uma velha frase: “proibido e perigoso é bem melhor.”

 Finalmente desisti de resistir e ajudei-o com sua armadura e o tecido que cobria seu corpo. Ele era o que eu já imaginará, coberto de músculos e com uma força proporcional á eles. Afogada em desejo, rasguei a parte de cima do tecido que me cobria, deixando meus seios abundantes á amostra. E por um segundo, o encarei de forma sensual e provocativa, quase implorando para ele vir com tudo. E ele veio.

 Agarrou meus seios com ferocidade, deixando diversas marcas vermelhas, das quais faltava pouco para sair sangue. As marcas foram abaixando-se até quase a virilha, foi quando ele parou para cuidar da própria calça. Felizmente para ambos, eu já havia feito a maioria do trabalho enquanto gemia por causa do toque agressivo em meus seios. Quando a calça sumiu de cena, sorri ansiosa para que o enorme artifício ereto do inimigo penetrasse em mim.

 O homem puxou minhas pernas com brutalidade, e posicionou-se com pressa. Penetrou-me de forma rápida e muito agressiva, sem importar-se com preliminares. E para mim estava bem melhor assim. Agarrei suas costas e deixei marcas sangrentas por todo entorno. Ambos ardíamos em desejo animal enquanto suas entocadas ficam mais brutais e os gemidos aumentavam. Meu corpo já quente parecia alcançar temperaturas impossíveis quando recebia uma nova entocada. Meu inimigo não era só bom, era maravilhoso. Ele não demorou em tocar em minha parte mais sensível e senti um choque passar pelo meu corpo, deixando-me atordoada de prazer.

 Aproveitei ao máximo até que senti que não aguentaria mais, e meu orgasmo veio alguns segundos depois do dele. Mas diferente dos humanos, não estávamos cansados, estávamos somente mais excitados e eu sabia, que aquilo havia sido só o começo de uma comprida noite de lua cheia. Não me lembro exatamente quantas vezes ele penetrou-me ou quantos orgasmos tivemos ou das posições que fizemos, só sei que aquela foi uma noite muito quente.

 Eu havia me entregado a um homem que não sabia o nome, e que um dia poderia ser meu adversário em campo de batalha. E como guerreiros se um dia isso acontecesse, lutaríamos até a morte. O que eu não percebi naquela noite era que a posição dele para o império rival era totalmente proporcional a sua força descomunal.

2 comentários:

  1. Parabéns Salo pela
    fic...
    é muito boa ...
    gostei muito Beijos ^^

    blocokpop.blogspot.com

    ResponderExcluir